1. |
Carta ao Pai
03:24
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O que 'cê qué ', tio? Vai 'buscá'
Se liga, se vira, se coça, se não é DEIC ou roça.
Olha pra frente, qual é o tamanho do seu horizonte?
Vai fazer o que eles querem ou vai deixar seu nome?
Junta toda a sua frustração, multiplica por vontade e estoura no mundão.
Tem que ser assim, ou quer criar seus 'filho' na miséria, neguin?
Não mente pra mim.
Que pai que nunca sonhou em dar o melhor?
Saúde digna, educação, seus filhos longe do pó.
E não repara no tempo ruim, a chuva não dura pra sempre, o filme nunca acaba antes do fim.
E é assim, 'cê' já nasceu atrasado, é você contra o mundo, exército de um soldado
A cada 3 pessoas mortas pela polícia, duas são pardas ou pretas. Herança da escravidão, exclusividade do Fundão.
De segunda a segunda, seu filho da puta. Eu trabalho pra caralho e nunca tenho porra nenhuma. Com o cheiro de esgoto no quintal, "por cima ou por baixo, se chover será fatal" . Já dizia o professor Brown, sempre real, leal aos reais. Eu 'memo' na quebrada conheço no mínimo 10 manos criados pelos Racionais.
Mas agora tanto faz. Antes que escrevam "Aqui, jaz". Pegue sua pá e sua enxada, vai e faz. Mata um leão por dia, mata e traz.
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2. |
Quebra
02:44
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A madrugada na quebrada, não tem igual
No mesmo 'bóte' você tromba exemplo o de fé e a personificação do mal
Que tal? Seu sonho limitado ao código criminal
Na marginal, perdido na policia, piloto da sul, exemplo de perícia
Podia 'tá"correndo n Fórmula 1, mas vai morrer como estatística, como mais um
Desde o início, tudo mais difícil
Não é preciso ser perito pra saber que vai terminar assim
Não é preciso ser perito pra saber que vai terminar assim
'Cê' nunca me deu nada, o que espera que eu faça no fim?
E é assim, mapa sul
Do Capão Redondo até o Grajaú
É olho por olho, dente por dente, não vou ser mais um
Alma reluzente, com a faca nos dentes
Com a esperança no peito de quem um dia mata o presidente
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3. |
Fica
02:46
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Não adianta mandinga, olho gordo, irmão
Corpo fechado, banhado no sangue da batalha
Buscando sempre frutos pra ser homem e não um canalha
No ato falho, no dia a dia você vê
Quem é quem, de quem foge da navalha
E de quem fica pra lutar e morrer também
Então fica, porque eu sou clássico
E pra você eu mostro o gesto obsceno e fálico
Tira o 'zóio' da janela, sai da sua casa
A vida é muito bela pra 'tê' brecha pra essas 'falha'
Sem disputar, eu vim da rua e sou bom nisso
No início, arroz com ovo no prato
Eu vim do lixo, 'cê' acha que eu 'vô' 'tê' medo de rato?
Não vou morrer por você
Não vai terminar assim
Eu vou curar o câncer, tirar você de mim
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4. |
Rato Cinza
01:20
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- "Onde 'cê' vai, moleque? É mão pro alto e larga o 'beck'
Nem a havaiana no pé do pivete mexe comigo
Levanta a camiseta até o umbigo, ta limpo
Aonde você vai? Pra onde foi?
Vou te mostrar com quantos 'pau' que se mata um boi! "
Sangrando na calçada, o silêncio é sua única arma
E eu nessa roubada
Mano, que furada!
Com os rato de farda e eu sangrando na escuridão
Rato Cinza, Rato Cinza
Armam a campana, te esperam na esquina
Sempre na 'muquia', por trás da neblina
Os ratos de hoje em dia falam grosso e tem cara de mau
Seu bafo de uísque imundo vale menos que 1 real
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Black Seagull Records São Paulo, Brazil
Black Seagull Records é uma produtora/gravadora de áudio de São Paulo, Brasil.
Black Seagul Records is an independent
label from São Paulo, Brazil.
Mixagem/Masterização, Distro, Bookings.
Contate: blackseagullrecords@live.com
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